2008.11.18
A primeira memória que tenho da minha passagem pelo IUBI é a aventura da viagem com o meu Pai até à Covilhã.
Saímos, de Santa Apolonia no comboio da noite com destino à Guarda. Não era normal o meu Pai andar comigo, mas neste e noutros passos, ele estava presente.
Por isso, deixei-me ir. A dada altura oiço: " Estação do Entroncamento, o comboio que deu entrada na linha 2 destina-se à Guarda. As primeiras carruagens seguem pela beira alta com passagem ..... e as restantes pela beira baixa, com passagem pela ... Covilhã até à Guarda."
Como íamos nas primeiras carruagens alertei o meu Pai, para o facto de termos de mudar. Mas, ele disse-me que já tinha falado com o revisor e iamos bem. Como bom filho, filho do Sr. Lei - como dizem as minhas filhas "noddy" - calei-me.
Resultado, o comboio começa a andar e passado algum tempo o revisor apareceu. Ficamos a saber que íamos errados, deviamos ter mudado de carruagem. Depois de falar com o revisor o meu Pai decide sair na proxima paragem : Era um apeadeiro, qual não sei .
Saímos, o meu Pai questionou alguém, onde se podia apanhar um taxi, sendo informado que: em Tomar (se estiver errado, perdoe-me, mas já foi à algum tempo). Saímos do apeadeiro e começamos a caminhar por uma estrada que só tinha luz nos primeiros metros, depois veio o escuro, mal se vendo o caminho. Após algum tempo, o meu Pai decide voltar para trás. Voltamos ao apeadeiro.
A ideia era apanhar o primeiro comboio para o entroncamento e depois apanhar o comboio certo para a Covilhã. Agora estes filhos- da -.... não me enganam, dizia o meu Pai.
O relógio marcava 1h da manhã e o comboio apareceu às 4 e tal da manhã. Vinha cheio de tropa !
Chegamos ao Entroncamento, subimos à ultima carruagem do comboio e lá fomos até à Covilhã já a manhã ia a meio. Depois, foi subir, subir, subir, até ao IUBI, uma porta em vidro colocada no final de um beco com arvores de um lado e uma parede alta do outro.
António Di Pereira